Sem Conserto...
"O Ensino Primário de quatro anos pode ter os dias contados, com a possível introdução do professor único do 1º ao 6º ano, em cinco áreas-chave: Língua Portuguesa, Matemática, Ciências da Natureza, História e Geografia.
A ideia do Governo é 'colar o aluno ao professor', de modo a minimizar o choque da passagem da primária para o 2º Ciclo. No limite, admite o assessor do Ministério da Educação (ME), será passar para seis anos o Ensino Primário. Mas a 'revolução' no Ensino Básico só deverá começar a surtir efeitos daqui a nove anos. Isto se o Governo da altura quiser.
Desta forma, os alunos poderão encontrar no 5º ano não dez professores, como actualmente, mas metade – além do professor da Primária, juntam-se os professores de Educação Física, Educação Visual e Tecnológica e Educação Artística.
Um alargamento do ensino primário para seis anos poderá implicar mudanças de fundo – a começar pela organização das escolas, pois teria de se juntar os 1º e 2º ciclos no mesmo espaço. 'Os professores terão a mesma carga horária, mas menos turmas', explica o mesmo assessor."
A ideia do Governo é 'colar o aluno ao professor', de modo a minimizar o choque da passagem da primária para o 2º Ciclo. No limite, admite o assessor do Ministério da Educação (ME), será passar para seis anos o Ensino Primário. Mas a 'revolução' no Ensino Básico só deverá começar a surtir efeitos daqui a nove anos. Isto se o Governo da altura quiser.
Desta forma, os alunos poderão encontrar no 5º ano não dez professores, como actualmente, mas metade – além do professor da Primária, juntam-se os professores de Educação Física, Educação Visual e Tecnológica e Educação Artística.
Um alargamento do ensino primário para seis anos poderá implicar mudanças de fundo – a começar pela organização das escolas, pois teria de se juntar os 1º e 2º ciclos no mesmo espaço. 'Os professores terão a mesma carga horária, mas menos turmas', explica o mesmo assessor."
in ' Correio da Manhã '
Tantas voltas hão-de dar a isto que há-de ficar tudo sem conserto!
4 comentários:
Mexeu-se primeiro no estatuto da carreira docente. Agora, por causa dela, é forçoso mexer-se na lei de bases do sistema educativo para reestruturar os ciclos. Essa é a única leitura possível das propostas do ME. As consequências são fáceis de adivinhar:
1 - se, como está, chegam ao 2.º e 3.º ciclos muitos alunos que não sabem ler nem escrever; passarão a chegar assim ao 10.º ano;
2 - pelo que ouvi, são grandes as exigências de formação para os noveis professores (ao nível do mestrado). Com tamanha formação e a oferecerem, à entrada na carreira, um mísero vencimento (com escassas possibilidades de progressão), só pode acontecer a debandada de possíveis candidatos a professores. Nessa altura, o País ficará pronto para realizar os verdadeiros intentos dos nossos governantes: o fim do ensino público.
"Alea jacta est!" Mas quem deixou lançar os dados foram os cidadãos deste país que, sondagem após sondagem, continuam a dizer que concordam com a política do ME. De que se queixarão depois?
Um abraço
Peço desculpa, mas recuso-me a comentar tal desiderato, ou proposta ou lá o que é...para não sujar mais as mãos no esterco.
Um abraço
mps:
A senhora Ministra deve ser do tipo 'quero-posso-e-mando', e não tem o bom senso de pensar que talvez não venha a ser bem sucedida com este tipo de reformas [tontas] ao mesmo tempo que entra em conflito aberto os professores.
Um Xi da Porca
Jorge:
Fazes bem e estás no teu direito. As ideias brilhantes desta senhora já começam efectivamente a cheirar mal.
Um Xi da Porca
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