Quinquilharia

Renegados

Encravada entre a província portuguesa de Trás-os-Montes e a província espanhola de Zamora [Castilla y León], a região da Braganzónia [Braganza+Amazónia] é considerada, como sempre foi pelo Poder [monárquico ou republicano] de Lisboa, uma autêntica Reserva de Índios, reconhecida por qualquer viajante esclarecido como das mais atrasadas da Europa.

Atrasada, abandonada, desprezada, quase renegada e indesejada!

E não poucas vezes espoliada do pouco que já lhe resta para além da genica, do orgulho e da dignidade dos que nela vão sendo ignorados!

Para os Senhores do Poder, a Braganzónia foi sempre um empecilho que apenas dá despesa, poucos impostos e quase nenhuns votos!

Que os interessou apenas enquanto foi preciso recrutar mancebos fortalhudos, habituados à fome e à porrada, para mandar às guerras de África!

A reserva abrange actualmente 106 tribos, agrupadas em 49 zonas de caça dispersas por uma área de 1.173 quilómetros quadrados.

Eram 34.752 os índios que ocupavam esta vasta área em 2001 [trinta por quilómetro quadrado].

Algumas dessas tribos, as da metade Norte da reserva, desde a fronteira espanhola até aos velhos trilhos que ligam Braganza [a tribo maior] à zona Leste de Vinhais [reserva irmã da Braganzónia] e à zona Oeste de Alcañices [reserva espanhola pouco menos desprezada por Madrid], foram há uns anos atrás, sem para tal serem ouvidas e contra-vontade, integradas no Parque Natural de Montesinho.

Transformando-lhes o quotidiano num verdadeiro inferno porque, entre outras coisas, lhes não é sequer permitido cortar livremente a lenha de que são donos para manter o fogo que lhes aquece o corpo durante o Inverno. Que na Braganzónia é rigoroso, faz doer as unhas e gelar os rios!

Agora, cada índio tem que [muito respeitosamente] solicitar aos Senhores do Parque o especial favor de uma autorização para cortar meia dúzia de paus que mal chegam para os gatos tirarem o frio do lombo!

Melhor fora que o tal Poder os abandonasse de vez à sua sorte para livremente poderem decidir o futuro!

Mariquices

Lembranças

26 abril, 2007

Highway Free



"O secretário de Estado Adjunto das Obras Públicas, Paulo Campos, afirmou hoje que o Governo tem como objectivo aumentar a rede de auto-estradas portuguesas para 3.000 quilómetros nos próximos anos, mais cerca de 500 quilómetros que as infra-estruturas actuais."



Saiba o senhor Secretário que a Braganzónia é, orgulhosamente, a única região 'Highway Free' deste país. E que estamos muito bem assim.

Faça por isso o favor de levar essas 'modernices' lá para a terra da sua santa avó, e nem a brincar lhe passe pela cabeça vir aqui construir um só centímetro de auto-estrada!

Era o que faltava!...

24 abril, 2007

Retalhos da Vida de um Professor [de 'Engenheiria'...]


Como dificilmente haverá 'blogger' tuga que não vá escrever umas quantas linhas sobre o terceiro dia antes daquele em que eu deixei de ser 'teenager', resolvi não massacrar ninguém com mais da mesma prosa e por isso, que sobre tal data, não escreveria uma linha.

Em vez disso, entre o sério e o divertido, e porque amanhâ, sendo dia feriado haverá mais tempo para novelas e futebóis, sempre me pareceu boa ideia, para além de vos aconselhar a ler as 'últimas' que nos chegam do 'Portugal Profundo' sobre o patético historial académico do cidadão José Sócrates, remeter-vos para a leitura relaxada de um texto que alguém, que assina 'Zé dos Anzóis', me deixou na caixa de comentários do 'post' anterior a este, dando a conhecer alguns episódios mais ou menos caricatos, mais ou menos românticos, da vida de um tal António Morais, primo direito de uma tal Edite Estrela, de quem devem ter já, casualmente, ouvido falar...

Ambos são, por nascimento e parentesco, originários de Trás-os-Montes. E ambos, por ironia, raras excepções que confirmam a regra relativamente às qualidades morais [não confundir com Morais] das gentes Transmontanas.

E, quase me esquecia, ambos são, por coincidência, intervenientes directos no percurso académico e político do cidadão que referi no início...

Leiam e divirtam-se. E passem bem este feriado, que é praticamente já só o que resta de 74...

E já agora, façam o favor de fazer de conta que o Morais nos canta a 'Saia da Carolina' [a tal que tinha um lagarto pintado...]



"O PROFESSOR QUE SÓCRATES NÃO CONHECIA, NÃO CONHECEU NEM QUER OUVIR FALAR, A BEM DA NAÇÃO...


Chama-se António José Morais e é Engenheiro a sério; daqueles reconhecidos pela ordem [não é uma espécie de Engenheiro, como diriam os Gatos Fedorentos].

O António José Morais é primo em primeiro grau da Dr.ª Edite Estrela. É um Transmontano tal como a prima que também é uma grande amiga do Eng. Sócrates. Também é amigo de outro Transmontano, também licenciado pela 'INDEPENDENTE', o Dr. Armando Vara, antigo caixa da Caixa Geral de Depósitos e actualmente Administrador da Caixa Geral de Depósitos, grande amigo do Eng. Sócrates e da Dr.ª Edite Estrela.

O Eng. Morais trabalhou no prestigiado LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil] só que, devido ao seu elevado empreendedorismo, canalizava trabalhos destinados ao LNEC, para uma empresa em que era parte interessada. Um dia foi convidado a sair pela infeliz conduta.

Trabalhou para outras empresas entre as quais a Hidroprojecto e pelas mesmas razões foi convidado a sair.

Nesta sua fase de consultor de reconhecido mérito trabalhou para a Câmara da Covilhã aonde vendeu serviços requisitados pelo técnico Eng. Sócrates. Daí nasce uma amizade. 
É desta amizade entre o Eng. da Covilhã e o Eng. Consultor que se dá a apresentação do Eng. Sócrates à Dr.ª Edite Estrela, proeminente deputada e dirigente do Partido Socialista. 
E assim começa a fulgurante ascensão do Eng. Sócrates no Partido Socialista de Lisboa apadrinhada pela famosa Dr.ª Edite Estrela, ainda hoje um vulto extremamente influente no núcleo duro do líder socialista.

À ambição legítima do político Sócrates era importante acrescentar a licenciatura. 
Assim o Eng. Morais, já professor do prestigiado ISEL [Instituto Superior de Engenharia de Lisboa] passa a contar naquele Instituto com um prestigiado aluno – José Sócrates Pinto de Sousa, bacharel.

O Eng. Morais, demasiado envolvido noutros projectos, faltava muitas vezes ás aulas e naturalmente foi convidado a sair daquela docência.

Homem de grande espírito de iniciativa, rapidamente se colocou na Universidade Independente. 
Aí o seu amigo bacharel José Sócrates, imensamente absorvido na politica e na governação prosseguiu estudos – 'porque foi a escola mais perto do ISEL que encontrou'.

E assim se licenciou, tendo como professor da maioria das cadeiras [quatro, de cinco] o desconhecido mas exigente Eng. Morais. E ultrapassando todas as dificuldades, conseguindo ser ao mesmo tempo Secretário de Estado e trabalhador estudante licencia-se, e passa a ser Engenheiro, à revelia da maçadora Ordem dos Engenheiros, que segundo consta é quem diz quem é Engenheiro ou não, sobrepondo-se completamente ao Ministério que tutela o ensino superior.

Eis que, licenciado o governante, há que retribuir o esforço do hiper-mega professor que, com sacrifício do seu próprio descanso. deve ter dado aulas e orientado o aluno a horas fora do normal, já que a ocupação de Secretário de Estado é normalmente absorvente.

E assim foi.

O amigo Vara, também secretário da Administração Interna coloca o Eng. Morais como Director Geral no GEPI, um organismo daquele Ministério.

O Eng. Morais, homem cheio de iniciativa, teve que ser demitido devido a adjudicações de obras não muito consonantes com a lei e outras trapalhadas na Fundação de Prevenção e Segurança fundada pelo Secretário de Estado Vara [lembram-se que foi por causa dessa famigerada Fundação que o Eng. Guterres foi obrigado a demitir o já ministro Vara - pressões do Presidente Sampaio, o que levou ao corte de relações do Dr. Vara com o Dr. Sampaio – consta até que o Dr. Vara nutre pelo ex-Presidente um ódio de estimação].

O Eng. Guterres, farto que estava do Partido Socialista [porque é um homem de bem, acima de qualquer suspeita, íntegro e patriota] aproveita a derrota nas autárquicas e dá uma bofetada de luva branca no Partido Socialista e manda-os todos para o desemprego.

Segue-se o Dr. Durão Barroso e o Dr. Santana Lopes que não se distinguem em praticamente nada de positivo e assim volta o Partido Socialista comandado pelo Eng. Sócrates e ganha as eleições com maioria absoluta.

Eis que, amigo do seu amigo é, e vamos dar mais uma oportunidade ao Morais, que o tipo não é para brincadeiras. 
E o Eng. Morais é nomeado Presidente do Instituto de Gestão Financeira do Ministério da Justiça. 
O Eng. Morais homem sensível e de coração grande, tomba de amores por uma cidadã brasileira que era empregada num restaurante no Centro Comercial Colombo. 
E como a paixão obnubila a mente e trai a razão nomeia a 'brasuca' Directora de Logística dum organismo por ele tutelado a ganhar 1600 Euros por mês. Claro que ia dar chatice, porque as habilitações literárias [outra vez as malfadadas habilitações] da pequena começaram a ser questionadas pelo pessoal que por lá circulava. 
Daí a ser publicado no '24 HORAS' foi um ápice.

E assim lá foi o apaixonado Eng. Morais despedido outra vez."

por 'Zé dos Anzóis'

23 abril, 2007

And the TBA goes to...


A aceitação do 'Thinking Blogger Award' pressupõe, em princípio, que o 'blogger' distinguido proceda, por sua vez, à nomeação de outros cinco 'blogs' merecedores da mesma distinção.

Como nunca fui muito de obedecer a regras pré-estabelecidas, entendi que, a ter de nomear alguém, o faria apenas se e quando tal me desse na 'real gana'. Com calma e não de 'empreitada', de uma só 'penada' [rima, mas foi sem querer].

Daí que tenha calhado ser hoje a vez de fazer a primeira das tais nomeações. Que vai direitinha e com inteiro merecimento, pelo trabalho sério [nada fácil] que tem vindo a desenvolver, e pela enorme relação e interesse que o mesmo tem para a região de origem do 'Braganzónia' [e dela própria], para o 'Brègancês' da querida amiga 'mps'.

[Que, com pena minha, desde que foi para férias de Páscoa não voltou a dar notícias. Espero eu porque, talvez e só, se encontre ainda de férias...]

Longa vida ao 'Brègancês'.

Ó parolo!... Ólh'ó 'abião'...


"Os Serviços de Atendimento Permanente (SAP) dos Centros de Saúde do distrito de Bragança vão continuar a funcionar no período nocturno, com um enfermeiro em serviço permanente e um médico de prevenção, que será chamado, sempre que necessário, via telefone.

Este regime de excepção, que entrará em funcionamento no próximo dia 27, foi anunciado pelo ministro da Saúde, Correia de Campos, na passada sexta-feira, em Bragança, durante a cerimónia de assinatura de protocolos entre a Administração Regional de Saúde do Norte (ARSN) e os municípios nordestinos.

O distrito vai ser dotado de um helicóptero, que ficará estacionado em Macedo de Cavaleiros, e de mais três ambulâncias de emergência Pré-Hospitalar, distribuídas por Macedo, Miranda do Douro e Torre de Moncorvo ou Freixo de Espada à Cinta.

Quando estiverem reunidas todas as condições, os médicos de prevenção irão passar a fazer serviço nas urgências básicas, encerrando definitivamente o atendimento nocturno nos Centros de Saúde.

Questionado sobre os problemas das acessibilidades que afectam o distrito, o ministro da Saúde afirma que o helicóptero e as ambulâncias serão suficientes para garantir o transporte rápido dos utentes para as urgências, mesmo com condições adversas que impeçam a operacionalidade do meio aéreo.

O encerramento dos SAP, a longo prazo, não agrada à maioria dos autarcas do distrito, que disseram mesmo que foram 'pressionados' a assinar o protocolo, sob pena de verem encerrados os serviços de saúde nocturnos."



Para além de achar que uma Autarquia, qualquer que ela seja, por tal não fazer de todo parte das suas competências e, por isso, não ter rigorosamente nada que se imiscuir nas políticas de Saúde do Governo central, quero aqui declarar que não mandatei, pelo voto ou por qualquer outra forma, o autarca do meu Concelho, para malbaratar o seu tempo com a [patética] assinatura de protocolos de espécie nenhuma com essa espécie de camelo, de seu nome Correia de Campos, Ministro da Saúde deste [ainda] país que, desta forma, deitando areia para os olhos do Povo, vai levando a água ao seu moinho.

Ou seja, ao inevitável e conveniente [ele saberá para quem] esvaziamento das poucas valências na área da Saúde que, milagrosamente, nesta área geográfica ainda vão restando.

E quando alguém avistar o tal helicóptero, as tais ambulâncias 'rápidas' e as tais melhorias na rede viária prometidas, por favor, avise... Porque eu duvido que algum dia aconteçam e apareçam por cá!

Senhor Ministro, fosse eu autarca, e o senhor teria ido para Lisboa de 'patins' calçados... Porque felizmente, coisa a que lamentavelmente o 'meu autarca' não consegue chegar, Espanha está mesmo aqui ao lado.

E lá não há listas de espera, nem taxas moderadoras... Nem camelos...

19 abril, 2007

Reconhecimento


Foi ontem atribuído ao 'Braganzónia' o 'Thinking Blogger Award'. Por cortesia do Jorge Guedes, o 'sineiro' incansável do 'Sino da Aldeia'.

A quem, a ter de o fazer, eu própria iria seguramente distinguir, não o tivesse já ele sido antes.

Quero desta forma agradecer ao Jorge, não tanto o 'prémio', que aceito com prazer, mas por haver-se lembrado de mim e do 'Braganzónia'.

Um Xi [grande]

18 abril, 2007

Aqui, há Gato...


"A UnI anunciou 'declarações bombásticas' para hoje, mas, à última hora adiou a conferência de Imprensa até ao regresso de Sócrates de Marrocos. Entretanto, tornou-se pública a prova escrita de Inglês Técnico. Tem data posterior ao certificado de habilitações entregue à Câmara da Covilhã...

...O texto está dactilografado e é acompanhado por uma fotocópia de um cartão impresso em nome do 'secretário de Estado Adjunto do ministro do Ambiente' com o seguinte texto manuscrito: 'o José Sócrates envia-lhe, como combinado, o texto da cadeira de Inglês Técnico. Receba com amizade do seu...'."

in ' Expresso '


Não será tanto por este método bizarro de concluir uma cadeira, ou pelo facto de se tratar de uma simples folha dactilografada sabe-se lá por quem e aonde, ou por esta ter sido acompanhada de um cartão muito 'conveniente' que a 'coisa' não cheira bem.

Será mais porque, para além de inúmeros erros, muitos dos quais parecem haver 'escapado' ao professor, na dita folha pode estar de tudo menos inglês técnico associado à área da Engenharia Civil. Dessa matéria, seja Hidráulica, Vias ou Estruturas, neste texto, não há nada!... O que é estranho...

Porque tal como está, poderia até confundir-se com a 'cábula' de uma intervenção qualquer de um secretário qualquer, numa reunião qualquer num local qualquer, talvez redigida por um subalterno qualquer... E talvez posteriormente 'reciclada' para servir como se fosse um trabalho curricular qualquer...

Estranho é, também, para além do facto de o texto ser dactilografado e não manuscrito, que a folha não contenha um simples cabeçalho que permita identificar o aluno ou a cadeira em causa!...

Muito estranho...


17 abril, 2007

Desenhos a Vermelho


"...Zé ingressa no antigo Liceu Nacional da Covilhã...

...Domingos Rijo, reitor do Liceu e professor de Matemática, recorda-o como um aluno perspicaz que resolvia os problemas com facilidade..."


Como o mundo é realmente pequeno!

Por mero acaso, fui hoje dar com um texto publicado em 2005 na revista 'Visão'. E chamou-me a atenção o nome do reitor do Liceu frequentado por José Sócrates na Covilhã. Domingos Rijo.

Este... indivíduo, de que nunca mais tinha ouvido falar, foi reitor no meu Liceu [Nacional de Bragança] até aos finais da década de 60. Tempo de Beatles e Rolling Stones. Andava eu, nessa altura, pelos meus quinze anos.

Era, tão só, o 'bicho' mais ruim que se possa imaginar. Não dava aulas. Apenas porrada. Muita porrada!

Aluno que fosse chamado ao seu gabinete, a não ser que fosse filho de 'doutor' saía de lá, invariavelmente, com as suas 'impressões manuais' desenhadas a vermelho a ambos os lados da cara. Com razão ou sem ela.

Quando foi transferido, vejo agora que para o Liceu da Covilhã, houve festa 'rija' no Liceu de Bragança!

Se não 'partiu' entretanto, que um raio o parta agora! Não deixa saudades...

15 abril, 2007

Pato...


"Antes da sua patética ‘explicação’ Sócrates era criticado por nada dizer. Mas não era uma crítica. Era uma provocação. E Sócrates caiu que nem um pato. Agora é criticado por nada ter dito de novo. Por só ter ‘explicado’ o que já estava explicado. Por não ter explicado o inexplicável...

...Das dúvidas sobre o seu curso passámos para as dúvidas sobre o seu discurso. Agora falamos das suas ‘explicações’ mal explicadas, e não de blogues ou textos dos jornais. Lamentável...

...Sócrates e os seus conselheiros mais chegados embruteceram. Esqueceram o óbvio. Que o simples facto de Sócrates se prestar a dar explicações revela que alguma coisa achava haver para explicar. Natural teria sido que Sócrates remetesse os seus inquisidores para as escolas por onde passou, se nada receasse. Agora espera-o o inferno, em lume brando, porque já nada depende dele."

João Marques dos Santos, in ' Correio da Manhã '


Pato foi o Povo, ao dar poder absoluto a um indivíduo que afinal, pelo que se vê, revela ser pouco sério e honesto.

Restará, por enquanto, que cada um fique com as suas dúvidas. Certo, é que a imagem de Sócrates não mais será a mesma.

14 abril, 2007

Oubir, ber i calhar...


"An San Martino habie un cura que tenie trés galhos nun palheiro, mesmo eili,  nun polheiro apegado a la sue casa. Ls galhos éran mi cantadeiros i botában-se ls trés a cantar lhougo pula purmanhana cedico. Na casa de l cura, bibie alhá ua tie que era la criada que le lhababa la roupa l fazie la quemida i... drumie tamien cun el.

Ls galhos éran ls únicos que sabien que l cura drumie cun la criada.

Soutordie pula manhana, un de ls trés galhos ampeçou a cantar bien alto para que de punta a punta de l lugar s‘oubisse:

— L cura drume cun la criada.

Toda la giente de l lhugar spertou cun este dito. L cura tamien oubiu i quedou mi aflito i depronto pegou nua faca i tratou de matar l animal.

Soutordie pula manhana,  al nacer de l sol, un de ls dous galhos ampeçou a cantar  inda mais alto que l purmeiro que habien matado i dixo:

— L cura drume cun la criada i matou a miu armano pur dezir la berdade.

Toda la giente de l lhugar acordou cun este dito. L cura tamien oubiu i quedou mi alflito i depronto tratou de troçer l cachaço al pobre animal que dezie la berdade.

Soutordie pula manhana, al nacer de l sol, l único galho que quedaba bibo ampeçou a cantar ainda mais alto que ls outros dous que l cura habie matado i dixo:

— Quien neste mundo quejir andar ten que oubir, ber i calhar."

[Narrado por Maria de Jesus Raposo]


Pois aqui, ninguém se cala...

Ao contrário do terceiro galo, e de um pateta lambe-botas que tristemente se 'esganiça' no 'Correio da Manhã' de hoje.

Dia em que Jaime Gama, presidente da AR, ordenou um inquérito à biografia oficial de José Sócrates.

Dois Amores...


"José Sócrates possui dois certificados de licenciatura na Universidade Independente [UnI]. Um, publicado nos jornais, diz que o primeiro-ministro acabou a licenciatura a 8 de Setembro de 1996. Esta é a data que Sócrates referiu na entrevista à RTP. O outro, que consta no ficheiro pessoal de Sócrates na Câmara Municipal da Covilhã [CMC], foi emitido em 26 de Agosto de 1996 e atesta que o chefe do Executivo acabou a licenciatura em 8 de Agosto do mesmo ano.

As diferenças entre ambos não se ficam por aqui. O certificado que se encontra na CMC atesta que o primeiro-ministro teve equivalências a 24 cadeiras e que realizou sete na UnI. São elas Inglês Técnico, Computação Numérica, Análise de estruturas, Betão Armado e pré-Esforçado, Investigação Operacional, Estruturas Operacionais e Projecto e Dissertação.

No segundo certificado, o chefe do Executivo teve equivalências a 27 cadeiras e fez cinco durante o ano lectivo na Independente. Às cadeiras de Computação Numérica e Investigação Operacional Sócrates terá tido equivalência, ao contrário do que atesta o primeiro certificado.

Em entrevista à RTP, o primeiro-ministro reiterou ter tirado apenas cinco cadeiras na Universidade Independente, no ano lectivo de 1995/1996."



Pelos vistos, o senhor Sócrates tem dois amores. E, como dizia o outro, não sabe de qual gosta mais...

13 abril, 2007

...e a 'coscuvilhice' também!


A média de visitas diárias do 'Braganzónia', excluídas naturalmente as que eu própria faço, andará aí pela dúzia. Ou nem tanto. São valores perfeitamente normais e condizentes com a reduzida 'visibilidade' e importância que este 'blog' tem mas, devo dizê-lo, bem acima daquilo que esperava quando há uns meses atrás me meti nesta aventura.

Estranhei por isso que, entre os dias 9 e 12 deste mês, as visitas tivessem disparado para o triplo! Seria que os 'posts' publicados nesses quatro dias, directamente relacionados com o primeiro-ministro Sócrates, tinham subitamente atraído a atenção de outros 'bloggers'?

Até podia ser, mas, porque não sou cá muito de milagres, e porque os comentários nesse período até desceram, sou levada a pensar que, se calhar, eles 'andem' mesmo por aí...

Pois que estejam à vontade para voltar! De preferência lá mais para a noite, que ainda vai haver mais...

12 abril, 2007

O Milagre Continua...


'Sócrates alterou registo biográfico no Parlamento para explicitar bacharelato'

"...a secretaria-geral da Assembleia da República [AR] divulgou hoje os fac-similes dos dois registos existentes nos serviços. Ambos têm a mesma data [13 de Fevereiro de 1992] e são em tudo idênticos. Mas num deles consta a profissão de engenheiro e na rubrica das habilitações a referência 'Engenharia Civil', enquanto no outro surge a profissão de engenheiro técnico e nas habilitações académicas surge a abreviatura 'Bach', antes da 'Engenharia Civil'."

in ' Público '


Pouco me importa se o entrevistado de ontem na RTP-1 é Engenheiro ou Bacharel. Ou se tem apenas a escolaridade mínima. Não gosto é que um indivíduo que me deve, a mim e aos restantes cidadãos deste país, porque se trata do primeiro-ministro em funções, honestidade e seriedade máximas, tente fazer de mim 'lorpa'. De mim e dos restantes.

Por isso, alguém deveria explicar, sem se engasgar, como disto...

...se chegou a isto...

Porque é precisamente o contrário do que seria 'normal' acontecer. E também porque ontem, na 'oral' sobre esta matéria, o senhor Bach. J.S. [não confundir com Bach, Johann Sebastian] se engasgou, assobiou para o lado, e pouco ou nada explicou...

E naquela altura, em que a lágrima esteve quase [pareceu-me] a saltar, os dois jornalistas de serviço não souberam, ou não os deixaram, 'espremer' como se impunha o entrevistado.

Que, com umas olheiras do tamanho da OTA, reveladoras de noites recentes muito mal dormidas teve o 'engenho' de, milagrosamente, conseguir furtar-se a grandes explicações.

Que, pelo que se tem visto, lhe deverão ser extremamente incómodas.

Patético...

11 abril, 2007

Silêncio!


Arregalem-se os olhos! Arrebitem-se as orelhas! E tape-se o nariz...

10 abril, 2007

Sem Vergonha. Sem Fronteiras.


'Documentos cuestionan el título de licenciado del primer ministro portugués'

"El ministro de Ciencia, Tecnología y Enseñanza Superior portugués, Mariano Gago, anunció ayer el cierre forzoso de la Universidad Independiente de Lisboa por degradación de las condiciones pedagógicas.

Esta medida, con carácter provisional a la espera de posibles alegaciones del centro, se debe a los problemas surgidos dentro de la empresa propietaria de la Universidad, SIDES, acusada de malversación de fondos y falsificación de documentos. Las detenciones y dimisiones de rectores y docentes en las últimas semanas han perjudicado seriamente a los alumnos, motivo por el cual Mariano Gago entiende que esta institución privada creada en 1994 debe cerrar.

Tras esta medida se espera que el primer ministro, José Sócrates, hable públicamente sobre su currículo académico como ex alumno de la Universidad Independiente. Diplomado en Ingeniería Civil por el Instituto Superior de Ingeniería de Coimbra, el entonces secretario de Estado en tiempo de Guterres pidió la transferencia para la Universidad Independiente donde se matriculó de cinco asignaturas con las que obtuvo el título de Licenciado.

Varios medios de comunicación lusos han publicado en las últimas semanas documentos que demuestran que en 1996 en la UnI no hubo ningún licenciado en Ingeniería Civil, año en el que Sócrates obtuvo el título de Ingeniero en esta especialidad. Su diploma fue firmado un domingo, cuando supuestamente la administración del centro estaba cerrada."

in ' ABC ' [Espanha]


A polémica relacionada com o 'milagre dos canudos' passou a fronteira e é agora também notícia na imprensa Espanhola.

[Qué verguenza, señor Sousa...]

09 abril, 2007

O Milagre dos Canudos


Importado directamente, dado o manifesto interesse público, do 'We Have Kaos in the Garden', onde poderá ser lido e comentado o relato completo de mais um milagre realizado por esse [presumível] Engenheiro que tranquilamente vai [des]governando este pobre Portugal.


Enfim... 'Engenheirias'...

06 abril, 2007

Licenciaturas [Independentes]


"O novo reitor da Universidade Independente [UnI], Jorge Roberto, trabalha na Caixa Geral de Depósitos [CGD] há 25 anos e, desde há alguns meses, na direcção de comunicação. Este é precisamente o pelouro de Armando Vara, indicado pelo Executivo para a administração do banco do Estado e licenciado em Relações Internacionais pela UnI.

Desde há alguns meses que o pelouro da comunicação foi delegado no administrador Armando Vara, que tirou a 'licenciatura' na Independente em Agosto de 2005, no mesmo mês em que foi nomeado para a administração da CGD. Iniciou funções a 1 de Setembro.

'Por acaso não trabalho directamente com ele [Armando Vara]', disse o novo reitor da UnI, acrescentando que não tem contactos com o ex-ministro e 'compagnon de route' de Sócrates no PS, embora exerçam funções no mesmo edifício."



Não sei bem porquê, mas esta 'merda' cada vez cheira mais a pôdre...

O 'curso' de Armando Vara


"O Expresso de 31-3-2007, p.11, traz como informação marginal que 'o socialista Armando Vara terminou o seu curso de Relações Internacionais na UnI seis meses antes de ter sido nomeado administrador da Caixa Geral de Depósitos' e não três dias antes como dizia o 'CM'. Não sabemos se a fonte do Expresso foi a Universidade Independente ou o próprio, mas cremos que o senhor administrador do poderoso banco estatal poderá esclarecer a divergência."



Ao ler as 'últimas' acerca da averiguação [não oficial, vergonhosamente] que vai sendo feita um pouco por toda a parte sobre o 'curriculum' académico do senhor Eng. Técnico José Sócrates, chamou-me a atenção o que lá e no 'CM' também se escrevia sobre Armando Vara.

Sim, 'esse' mesmo, o de Vinhais. O tal que, não pela 'via Verde' mas pela 'via PS', rapidamente passou de caixeiro a deputado, a secretário de estado e a ministro, e a não sei quantas merdas mais antes de ser 'nomeado', certamente por comprovada competência e experiência na matéria, administrador da CGD.

Presume-se que por haver sido já antes 'caixeiro', não na 'Caixa' mas no balcão da loja do Zé Vieira, na Rua Direita em Bragança!

Por isso e outras coisas, 'esse' conhecemos nós bem por aqui! Desde 'caixeiro'. E por isso mesmo, apesar de a notícia não espantar, sempre seria bom saber-se, não como foi 'licenciado' pela UnI, mas onde diabo foi ele arranjar as habilitações [12º ano] para ingressar no ensino superior!

Mesmo sendo ele 'compincha' de longa data de José Sócrates, e mesmo que num estabelecimento pouco recomendável como a 'Independente' onde, pelo que se está a ver, escrúpulos são 'cousa' vã...

04 abril, 2007

Páscoa


"I quando la última cisca de Febreiro se bai ampuntada pulas raças de sol de Márcio, zangúrria-se la calatriç de ls bielhos a las brigadas i ls uossos páran de le doler. Acubilha-se l lhume po riba de l Ambierno bielho, a guardar las brasas de Outubre inda çtante, mas yá naide assegura las risas de ls garotos que se scápan pulas jinelas de la scuola abiertas outra beç.

L sol sperta de l suonho de meses i, al spreguiçar-se, bolca l lhato de l berde que se strampalha por beigas i balhes, puntiado pul rugido de miles de quelores sumbradas a la suorte.

Lhuç! L’anchiente de lhuç acaba de secar las scarabanadas redadeiras, i l que reçuma nun ye auga mas la mai a sudar la ceçon cun que dar de quemer als filhos.

Zbolacéian fraldas de fuora pul termo i las mangas arregaçadas a çtapar manos ancalhadas que assegúran la rabiça préinhan la tierra de pormessas de tulha chena.

Las nuites ancuolhen-se an cuntriçones de anquemendaçones de las almas i ls dies ínchan acuquelhados cun l chilrar de ls paixaricos i l rugido de l’auga que cuorre de las fuontes. L uolmo más grande de la ribeira buolbe a tener ama – diç-lo l matracar de la duonha que se mistura cun l matracar de las tejeiras de poda an Molino de Bento.

Cada gromo ye ua jura de frol!

I quando la Quaresma se scapa, ambiocada nun xal negro i grimada cun l rugido de la Matraca ne ls caleijos de ls pobicos, las stebas çcúbren outra beç las cinco chagas an pormessas de redençon.

L Pai fai las pazes cun ls Homes.

I al treceiro die, L Filho que tamien fui home torna an milagres de Aleluias, ambuolto nun manto dourado de puolo de mimosa, i celebrado cun miles de repiquetes de campanicas queloridas stendidas por to ls canticos.
I senta-se cun ls homes a la fartura de las mesas, an quemunhones de panes i binos, i de risas i spranças, almiadas pul ramo de oulibeira anfeitado, que ls abençona de riba de l chupon.

I Abril da-le la risa para Maio, que há de ser Junho.

I ben ende muito nabego i l rechino de l sol."

Alfredo Cameirão

Outro belo texto em Mirandês, 'cedido' pelo meu amigo Alfredo Cameirão, que assim retrata o ambiente que em tempos não muito distantes rodeava esta quadra em terras de Miranda.

Boa Páscoa para todos.

Tenda da Música

Retratos

Gatafunhos

Sinais de Fumo






Boas Causas

Utensílios

Tambores